A INTELIGÊNCIA ARTIFICAL
Está afetando a qualidade em TI ?
A inteligência artificial (IA) emergiu como um dos pilares da transformação digital nas empresas, influenciando diretamente áreas como desenvolvimento de software, automação de processos, análise de dados e infraestrutura de TI. Sua integração aos ambientes corporativos tem trazido ganhos em produtividade, precisão e agilidade, mas também levanta desafios importantes sobre a formação dos profissionais responsáveis por operar e manter essas soluções.
No desenvolvimento de software, por exemplo, ferramentas baseadas em IA auxiliam na identificação de falhas, na geração de código e na personalização de interfaces. Já na infraestrutura de TI, a IA tem sido aplicada no monitoramento proativo de servidores, automação de rotinas operacionais e detecção de falhas antes que impactem o negócio. A automação de tarefas rotineiras libera os profissionais para atuarem de forma mais estratégica — mas somente quando esses profissionais têm formação sólida, visão crítica e domínio técnico real.
Apesar dos benefícios, o uso crescente da IA tem promovido uma tendência perigosa: a desvalorização das qualificações formais e da formação técnica estruturada. Algumas empresas vêm contratando profissionais com foco apenas em habilidades práticas superficiais, ignorando a necessidade de fundamentos sólidos em arquitetura de sistemas, segurança da informação, redes e infraestrutura. Essa lacuna se reflete diretamente na qualidade do serviço prestado e na capacidade de resolver problemas complexos com eficiência e segurança.
A Qualificação profissional e a capacidade de resolução de problemas
Com o crescimento do chamado vibe coding — prática em que desenvolvedores dependem excessivamente de ferramentas de IA para gerar código sem validações rigorosas — tem-se observado um aumento significativo na duplicação de código, falhas de segurança e perda de controle técnico, comprometendo diretamente a qualidade e a manutenção das aplicações.
A evolução das demandas do mercado exige profissionais de tecnologia que vão além da execução de tarefas. Hoje, espera-se capacidade analítica, visão de infraestrutura como um todo, pensamento crítico e entendimento sistêmico. Essas competências não são adquiridas apenas com prática pontual, mas sim com formação técnica estruturada, experiência real em ambientes críticos e certificações reconhecidas.
Em especial na área de infraestrutura de TI, onde falhas impactam diretamente a operação das empresas, a presença de profissionais mal preparados pode causar indisponibilidades prolongadas, perda de dados e exposição a riscos de segurança. A dependência de ferramentas automáticas sem a devida supervisão humana e conhecimento técnico pode comprometer não só a eficiência, mas também a continuidade do negócio.
A formação profissional de qualidade — seja ela técnica ou superior — associada à experiência prática supervisionada, continua sendo um diferencial estratégico. Profissionais com certificações em segurança da informação, virtualização, cloud e redes têm mais capacidade de diagnosticar problemas, propor soluções estruturadas e implementar tecnologias com responsabilidade técnica.
Segurança de dados e a responsabilidade técnica
Em um cenário dominado pela IA, a segurança de dados depende diretamente da qualificação de quem implementa as soluções. Casos de violação de dados, falhas de configuração e vulnerabilidades em aplicações desenvolvidas com auxílio de IA têm crescido, e muitas vezes, a raiz do problema está na falta de domínio técnico de fundamentos como criptografia, arquitetura segura, controle de acesso e segmentação de rede.
A formação técnica adequada garante que os profissionais entendam não apenas como usar uma ferramenta, mas por que uma decisão técnica é segura, eficiente e escalável. Empresas que investem em capacitação contínua da equipe e adotam boas práticas em infraestrutura têm mais chances de evitar incidentes graves.
Qualidade na escrita de código e manutenção de ambientes
O uso excessivo de IA para geração de código e automação pode trazer riscos significativos à qualidade técnica das aplicações e da infraestrutura. Códigos gerados automaticamente, sem revisão humana crítica, tendem a ser frágeis, difíceis de manter e vulneráveis a falhas. O mesmo vale para configurações automatizadas em ambientes de rede, firewall ou servidores.
A qualidade no desenvolvimento e na manutenção de ambientes depende da combinação de automação inteligente com olhar técnico qualificado. A implementação de rotinas de revisão, validação e testes contínuos é essencial. Em infraestrutura, isso se traduz em práticas como documentação de topologias e dependências, gestão de ativos de rede e servidores, monitoramento com análise crítica dos alertas, revisão constante de políticas de backup e recuperação
Conclusão
A inteligência artificial veio para ficar — e é um recurso valioso quando bem aplicado. No entanto, nenhuma tecnologia substitui o valor de um profissional bem preparado. A busca desenfreada por produtividade e redução de custos não pode colocar em segundo plano a formação técnica, a qualificação contínua e o senso crítico profissional.
Empresas que desejam se beneficiar verdadeiramente da IA precisam investir em pessoas capacitadas, que entendem o impacto das decisões técnicas no dia a dia dos negócios. A tecnologia sozinha não resolve problemas — profissionais qualificados sim.
SUPORTE TÉCNICO PERSONALIZADO
Mais eficiência para sua empresa com o suporte técnico de TI sob medida da Proactus